Publicado 17 de dezembro de 2014 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 00:54.
Casais com infertilidade sem causa apa -rente (ISCA) submetidos à injeção in -tracitoplasmática de espermatozoide morfologicamente selecionado (IMSI), também conhecida como Super-ICSI, obtiveram taxas de implantação e gestação significativamente maiores do que aqueles submetidos à injeção intracitoplasmática de esperma-tozoide (ICSI).
O resultado foi comparado por meio de um estudo do Fertility – Centro de Fertilização Assistida em que foram incluí-dos prospectivamente 72 casais com ISCA e idade materna média de 32 anos. Os casais foram aleatoriamente alocados em dois grupos: em 36 pacientes foi aplicada a técnica da ICSI em que a seleção do espermatozoi -de é realizada sob o aumento de 400 vezes; com a outra metade realizou-se a IMSI, utilizando lentes que conseguem aumentar em 6.600 vezes o tamanho do gameta.
Para os ciclos de IMSI, as taxas de implantação e gestação, respectivamente, 39,6% e 66,7%, dobraram quando comparadas ao outro grupo. Com a ICSI, os re-sultados foram de 19,4% para implantação e 33,3% para gestação.
Não houve diferença significante entre os grupos em relação ao número de folículos obtidos (ICSI: 15,8 ± 5,5 e IMSI 10,8 ± 6,5) e oócitos recuperados (ICSI: 12,1 ± 8,8 e IMSI: 8,8 ± 5,1). Assim como a taxa de embriões de boa qualidade (ICSI: 59,6 e IMSI: 53,5%) e o número de embriões transferidos (ICSI: 2,7 ± 0,6 e IMSI: 2,8 ± 0,5) que também foram similares entre os grupos. Já a fertilização através do IMSI al-cançou os 75,9% enquanto no outro grupo ficou em 66%.
O estudo demonstrou que, aparentemente, a injeção de um espermatozoide morfologicamente normal, selecionado sob alta magnificação, é capaz de superar possíveis anormalidades presentes nos óocitos e espermatozoides de casais com ISCA, resultando em um aumento de quatro vezes na chance de gestação.
Intitulado “Uso da injeção intracitoplasmática de espermatozoides morfologicamente selecionados em pacientes com infertilidade sem causa aparente: um estudo prospectivo e randomizado”, o trabalho foi apresentado pela equipe científica da clínica Fertility no 68º Encontro Anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), sediado em San Diego, Estados Unidos, em outubro deste ano.
