A Fertilização in Vitro cresce 18% no Brasil, segundo a Anvisa

Publicado 26 de julho de 2019 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 00:17.

O Estado de São Paulo foi responsável 46% dos procedimentos. Também cresceu a quantidade de embriões congelados no país.
De acordo com o 12º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), em 2018 foram realizados 43.098 ciclos de fertilização in vitro, contra 36.307 em 2017. A comparação entre os dois anos resultou em um crescimento de 18,7% na quantidade de procedimentos.
O ciclo de fertilização in vitro ocorre quando a mulher é submetida à produção (estímulo ovariano) e retirada de oócitos (células reprodutivas femininas) para a realização de reprodução humana assistida.
O estado de São Paulo foi o que mais realizou ciclos, chegando a 20.170, o que representou 46,8% do total do país. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, ficaram os estados de Minas Gerais (4.221) e Rio de Janeiro (3.959).
Confira as informações completas do
12º Relatório do SisEmbrio:
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/inseminacao-artificial-cresce-18-7-em-2018/219201?p_p_auth=YQsinNoZ&inheritRedirect=false
“O crescimento do número de tratamentos de Fertilização in Vitro e Desgelamento e Descongelamento de Embriões se deve a uma maior informação da população sobre estas técnicas, associado ao retardo da maternidade, que é uma condição cada vez mais presente em nosso País. A mulher destaca-se na sociedade e no mercado de trabalho, postergando seu tempo para engravidar e, consequentemente, necessitando cada vez mais dos tratamentos de Reprodução Assistida”, enfatiza Dr. Edson Borges Jr., diretor científico do Fertility Medical Group e membro do conselho consultivo da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida ( SBRA). 
Borges ressalta que passamos de 36 mil ciclos aproximadamente pra 43 mil ciclos, um crescimento significativo, quase de 20%  e isso é importante, pela primeira vez nesses 12 relatórios  houve um salto grande de um ano pro outro e isso seguramente tem alguns motivos, mas são dois os principais que quero apontar: o primeiro é o conhecimento.
Quanto mais falamos sobre o tema, seja divulgando na imprensa e nas redes sociais, mais a população tem o conhecimento das técnicas,  de ser algo de difícil acesso, extremamente cara. Outro ponto é que a sociedade está envelhecendo, a mulher também buscando cada vez mais acessão profissional e adiantando o sonho da maternidade e, consequentemente os óvulos tem prazo de validade. Fica mais difícil de ter filhos espontaneamente.
“Quando nós falamos em taxa de fertilização, em torno de 75%, é excelente, comparável ao melhor serviço do mundo.
O Brasil está no caminho certo.  Há disparidades em relação aos números, claro. A região sudeste faz um pouco mais que a região nordeste, pois está relacionada diretamente ao acesso de tratamentos, uma imensa maioria deles são pagos”, ressalta o especialista em reprodução humana.
Uma coisa interessante em relação à América Latina, o Brasil corresponde a 40% dos ciclos de toda América Latina, então está diretamente relacionado com o acesso. São Paulo, 50% dos ciclos do Brasil, e Brasil, 40% dos ciclos da América Latina.
Sobre a quantidade de crianças que nascem, que são bebês de proveta, e comparando com outros países, por exemplo os Estados Unidos, Portugal e a Dinamarca. No Brasil, são 0,5% das crianças. É bastante explica Dr. Edson:“1 a cada 200 crianças no Brasil foram feitas por reprodução assistida. Se olharmos, por exemplo, os Estados Unidos, são 1 a cada 50 que são 2%.  Na Dinamarca, quase  10%, das crianças nascem por reprodução assistida. Uma característica bastante importante, porque a população vai envelhecendo, o índice de crescimento populacional é negativo, porque os casais têm menos filhos e tem filhos mais tarde. Novamente, outro motivo para se recorrer a Fertilização in Vitro. Nós estamos vendo realmente uma mudança de comportamento da população”.
 

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