Publicado 17 de dezembro de 2013 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 00:57.
Atualmente, 40 milhões de pessoas estão infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Dentre estes, aproximadamente 86% se encontram em idade reprodutiva. Historicamente, a comunidade médica considera a infecção pelo HIV uma séria barreira para a reprodução, no entanto, nos últimos 10 anos, com a introdução da terapia antirretroviral potente, indivíduos HIV positivos passam a ter uma qualidade e expectativa de vida maior e, dessa forma, o desejo de ter filhos e a possibilidade de acompanhar seu desenvolvimento torna-se uma realidade.
Estes fatos, associados às técnicas de reprodução assistida, possibilitam um casal sorodiscordante, onde o marido é infectado pelo HIV e a esposa é soronegativa, a conceber com segurança. Técnicas de processamento seminal para homens infectados pelo HIV, permitem que partículas virais presentes no sêmen sejam eliminadas; quando esta amostra é utilizada para procedimentos de reprodução assistida, como a inseminação intrauterina ou técnicas de fertilização in vitro, é possível que se obtenha gestação segura, em relação à transmissão do vírus, para a mãe e o bebê. A equipe Fertility, recentemente, publicou na revista FEMINA o relato de dois casos, nos quais casais sorodiscordantes para o HIV (marido infectado pelo HIV e esposa soronegativa) foram submetidos a processamento seminal associado às técnicas de reprodução assistida. Ambos os casais obtiveram a gestação, sem a transmissão viral para a mãe e o bebê (leia o resumo do trabalho). Com certeza trata-se de uma ótima perspectiva para este grupo de casais, fornecendo boas chances de sucesso.
