Gravidez na adolescência e depois dos 40 anos representa mais risco à mãe e ao bebê

Publicado 1 de maio de 2012 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 01:07.

Estatísticas do Registro Civil 2010 revelam que 18,4% das mamães de primeira viagem têm menos de 20 anos. Entre 20 e 24 anos esse percentual sobe para 27,5% e, entre 25 e 39 anos, para 42,9%. Enquanto nos estados do Norte e Nordeste há um alto índice de gravidez na adolescência, nos estados do Sul e Sudeste tem aumentado cada vez mais o número de mulheres que planejam ter o primeiro filho depois dos 40 anos. Sejam quais forem as questões socioculturais envolvidas nessa decisão, é importante conhecer bem os riscos.
Estudo desenvolvido por universidades escocesas (St.Andrews e Edinburgh) revela que, ao completar 30 anos, a mulher já perdeu 90% de seus óvulos. Aos 40 anos, restam somente 3%. Mesmo sendo de conhecimento geral que é cada vez mais difícil engravidar conforme os anos passam, trata-se do primeiro estudo que quantifica a perda de óvulos e demonstra que o declínio é muito mais acelerado do que se imaginava.
De acordo com Assumpto Iaconelli, especialista em Reprodução Humana e diretor do Fertility – Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo , mulheres com mais de 35 anos geralmente levam mais tempo para engravidar. Os óvulos estão lá, com as mulheres, praticamente desde sua concepção. Ou seja, eles também sofrem a ação do tempo e podem perder qualidade – além da quantidade. Por isso, se a paciente está tentando engravidar há mais de um ano sem sucesso, é importante consultar um especialista que possa ajudá-la a atingir seu objetivo.
Iaconelli afirma que existe um risco de abortamento aumentado de 25% em gestantes com idade entre 35 e 39 anos. A partir dos 40 anos, esse risco aumenta em 51%. Outra preocupação é a Síndrome de Down e outras anormalidades cromossômicas, que também são mais frequentes nesses casos. A faixa etária dos 20 aos 30 anos é a mais indicada para ter o primeiro filho, já que, antes dos 20, mãe e bebê correm muitos riscos de complicações na gravidez e durante o parto. Por outro lado, as chances de uma paciente com mais de 35 ou 40 anos realizar o sonho de ter um bebê saudável são bastante promissoras, principalmente com as técnicas de fertilização assistida disponíveis hoje em dia.

Há algo que possa desacelerar a perda da fertilidade?

Na opinião do especialista em Reprodução Humana, não é possível atrasar o relógio biológico, mas algumas atitudes podem contribuir bastante com a fertilidade feminina. Parar de fumar, por exemplo, é uma importante contribuição para quem deseja ser mãe, assim como manter o peso sob controle, ter uma alimentação saudável, evitar o sedentarismo e aprender a evitar o estresse agudo.

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