Seis coisas que toda mulher deve saber sobre infertilidade

Publicado 27 de julho de 2015 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 00:53.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada cinco casais enfrenta problemas para engravidar, precisando de ajuda especializada para realizar o desejo de ter um bebê. No Brasil, o número de casais inférteis gira em torno de oito milhões. De acordo com Assumpto Iaconelli Junior, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor do Fertility Medical Group, só se considera infertilidade quando o casal está tentando regularmente engravidar durante um ano todo, sem sucesso. Nesse caso, a ajuda especializada pode resolver o problema tanto a partir de um aconselhamento, quanto através de técnicas sofisticadas de fertilização assistida. De todo modo, o especialista destaca seis fatos que toda mulher deve saber sobre a infertilidade.
1. Alguns problemas de infertilidade podem ser evitados através de uma conduta sexual consciente. “Cerca de 35% dos casos de infertilidade feminina estão relacionados a problemas tubários. As infecções pélvicas estão entre as principais causas de obstrução das trompas, ao lado da endometriose e das aderências pós-cirúrgicas. Essas infecções podem ser evitadas com o uso de preservativo em toda relação sexual. Só assim a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis pode diminuir e, consequentemente, todos os problemas decorrentes, como a infertilidade”.
2. Se a mulher não consegue engravidar, não quer dizer que o problema esteja somente com ela. “Em geral, as causas da infertilidade de um casal estão distribuídas igualmente entre homens e mulheres (por volta de 35% cada), além de um percentual referente à infertilidade sem causa aparente. Apesar de raro, também pode acontecer de não haver nenhum problema com a mulher nem com o homem, e sim com eles como casal. Ou seja, com outros parceiros a gravidez talvez fosse alcançada. De todo modo, é muito importante que o casal esteja em sintonia e disposto a enfrentar o período de tratamento de forma unida”.
3. Nenhuma mulher deve sofrer em silêncio. Consultar um especialista pode ajudar a resolver o problema mais rapidamente. “Muitas mulheres em um relacionamento estável costumam ter expectativas quanto à gravidez. Mesmo sem falar nada para ninguém, elas passam a sofrer silenciosamente quando sabem que não estão usando qualquer método contraceptivo e ainda assim não engravidam. Há, inclusive, quem passe anos tentando ter um bebê, sem sucesso. É importante saber que hoje há muitas clínicas especializadas em fertilização assistida e que nem sempre é necessário fazer um tratamento complexo para chegar ao resultado desejado. Portanto, se as tentativas já ultrapassaram um ano, é interessante buscar ajuda especializada e não prolongar mais o sofrimento por causa de uma dúvida”.
4. Conheça seu corpo. “Desde sempre é importante que a mulher conheça bem o seu corpo. Quem tem vinte e poucos anos, todo mês tem entre 20% e 25% de chance de engravidar. Dos 30 aos 34 anos, as chances caem para 15% ao mês. Depois dos 35 anos, para apenas 10%. Apesar de esses números serem um pouco assustadores, é importante que a mulher que deseja engravidar preste atenção ao período menstrual e principalmente à ovulação – que é quando ela realmente pode ser bem-sucedida”.
5. Quem tem mais de 35 anos e tentou engravidar por seis meses sem sucesso não deve esperar muito para buscar ajuda especializada. “Não é fácil admitir a existência de um problema. Principalmente hoje em dia, quando uma pessoa com 35 anos está no auge do sucesso profissional – e durante uma das fases mais competitivas nesse sentido, inclusive. Do lado pessoal, tem muita gente que adiou planos de vida em comum para essa época. E é justamente quando as coisas podem se tornar difíceis em termos de formar uma família. Sendo assim, quanto mais cedo se identificar, aceitar e tratar o problema, melhor. Hoje em dia, a Medicina Reprodutiva está muito avançada e conta com inúmeros recursos para tratar a infertilidade de um casal”.
6. Nem todo mundo que recorre a uma clínica de fertilização assistida terá um ‘bebê de proveta’. “Aliás, esse termo largamente usado nos anos 80 já caiu em desuso. Mas é fato que a fertilização in vitro não é indicada para todos os casais. Além de a paciente às vezes precisar somente de um ‘empurrãozinho’, com regulação de vitaminas, hormônios, dieta etc., pode ser necessário seguir com tratamentos mais complexos, como a indução da ovulação, transferência de gametas, inseminação artificial por doador, doação de óvulos, injeção intracitoplasmática de espermatozoides, fertilização in vitro etc. O importante é saber que há várias formas de alcançar o desejo de ter um filho e não desanimar”.
Fonte: Dr. Assumpto Iaconelli Junior, médico ginecologista, especialista em Medicina Reprodutiva, diretor do Fertility Medical Group, em São Paulo

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