Sucesso dos tratamentos para engravidar depende bastante da tecnologia utilizada

Publicado 23 de novembro de 2012 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 01:01.

Quando um casal tenta engravidar por pelo menos um ano sem sucesso, em 40% dos casos o problema está relacionado ao homem e 20% diz respeito ao casal. Sendo assim, tanto quanto as futuras mamães, os homens devem buscar ajuda médica especializada e fazer todos os exames necessários para identificar a existência ou não de fatores que comprometam a fertilidade – reversíveis ou não. A boa notícia é que cada vez mais os avanços tecnológicos têm atendido com sucesso esses casais, tornando inclusive mais fácil o processo de fertilização assistida.
De acordo com Edson Borges, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor científico do Fertility – Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo , muitas vezes, o resultado do espermograma é normal, mas o paciente apresenta aumento no índice de fragmentação do DNA – diminuindo as chances de gravidez e elevando as chances de abortamento. A importância dos testes avançados que avaliam as informações genéticas do espermatozoide reside justamente no fato de melhorar o prognóstico de sucesso para ciclos de ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) – técnica que contribui para o processo de fertilização por meio da injeção direta de um espermatozoide no citoplasma do óvulo.
Mas até nessa técnica há evoluções acontecendo o tempo todo. Muito empregada quando a quantidade de espermatozoides é muito baixa ou ausente na ejaculação – principalmente nos casos de reversão da vasectomia, esterilidade sem causa aparente ou fator imunológico -, o espermatozoide é selecionado sob visão de um microscópio com aumento de 400 vezes.
Estudos científicos demonstram, entretanto, que esse aumento não permite a visualização de uma série de alterações morfológicas relacionadas a danos do DNA do espermatozoide, reduzindo as taxas de gestação e aumentando a incidência de aborto. Isso nos levou a adotar a técnica do Super-ICSI, recorrendo a um avançado sistema óptico que aumenta a resolução em 6.300 vezes. Os espermatozoides são analisados em detalhes – permitindo uma seleção mais criteriosa dos espermatozoides mais perfeitos, diz Borges.
Além do Super-ICSI, que gera grande impacto no sucesso do tratamento de fertilização assistida, outro avanço merece destaque: o Halosperm – que é utilizado para investigar danos ou ineficiente porcentagem de fragmentação do DNA dos espermatozoides. Trata-se de uma técnica bastante simples e eficiente, utilizando o microscópio ótico para sua interpretação, diz Edson Borges . Tantas novidades certamente contribuem para aumentar as taxas de gravidez, evitando falhas de fertilização e prejuízos ao desenvolvimento e qualidade embrionária.

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