É cada vez mais frequente à procura nos consultórios médicos por técnicas para suspender a menstruação. Algumas doenças, por exemplo, têm esse método como tratamento da endometriose, miomas, sangramento uterino, cistos ovarianos, anemia, dismenorreia.

Por outro lado, há algumas mulheres que, simplesmente, procuram este objetivo, sem ter nenhuma patologia, apenas não gostam de menstruar e querem interromper os ciclos. Porém, a preocupação delas, em relação a tomada desta decisão, é se haveria alguma consequência na saúde geral ou no futuro reprodutivo.
“Para iniciar o tratamento, como em qualquer outro, é necessário passar em consulta para anamnese e exame físico a fim de determinar se não há contraindicação aos medicamentos utilizados e qual seria a melhor maneira de suspender a menstruação, de acordo com o quadro clínico e estilo de vida de cada paciente”, explica Dr. Assumpto Iaconelli Jr., especialista em reprodução humana assistida e diretor do Fertility Medical Group.
Para Iaconelli, suspender os ciclos não causa prejuízo a fertilidade, pois após a interrupção do tratamento a ovulação é retomada entre um e seis meses.
As técnicas utilizadas são: contraceptivos orais em uso contínuo, contraceptivos injetáveis, dispositivo intrauterino liberador de progesterona e implante subcutâneo. Vale destacar que nenhuma das técnicas tem eficácia de 100%, algumas mulheres não se adaptam e precisam mudar de tática.
“É comum o sangramento em “spot “ que são de pequeno volume, mas imprevisíveis. A supressão da menstruação sem indicação médica não deve ser estimulada nem inibida, é apenas uma possibilidade que pode ser adequada a vida de algumas mulheres, e nós médicos devemos oferecer o tratamento mais seguro e orientação”, finaliza o especialista.
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Parabéns! Ao ler este guia vocês terão tomado a importante decisão de ter filhos. Pode ser que estejam tentando descobrir os motivos porque eles não chegam; ou até já saibam as causas, porém desejam avaliar e tentar outras formas mais eficientes de tratamento da infertilidade. De qualquer forma, o desejo de procriação é tão natural quanto o de respirar ao nascer, o de correr quando se aprende a caminhar, o de namorar na adolescência. Enfim, faz parte da evolução biológica e emocional de todo ser humano. Talvez, para a mulher este desejo se reflita até como obrigação maior, uma vez que ela é quem concebe e dá a luz ao produto da concepção: o desejado bebê.
Cada um de vocês está iniciando a busca por este desejo de seguir adiante e viver a expectativa da maternidade e paternidade; de ver e se encontrar no rostinho do bebê e deixar sua geração continuada pelo processo reprodutivo.
Para a maioria dos casais, a possibilidade de se obter uma gestação de forma natural é muito boa ocorrendo, segundo cálculos estatísticos e epidemiológicos, em 93% dos casais no período de até 12 meses de vida sexual ativa e sem contracepção. A chance de um casal em idade reprodutiva obter a gestação, tendo relação sexual no período fértil, é de 18 a 20% ao mês.
No entanto, um em cada cinco ou seis casais terá dificuldades para conceber. Assim, após um ano de tentativas, as causas da infertilidade devem ser avaliadas por especialistas e as chances do casal e a necessidade de tratamento devem ser consideradas. Em especial, nos casais em que a mulher tem 35 anos ou mais, o prazo para iniciar a pesquisa se reduz para 6 meses de tentativas de concepção sem sucesso. Há estudos mostrando que nos casais com infertilidade sem causa aparente (vide glossário), em que a mulher tem idade superior a 30 anos, a probabilidade de gestação cai 9% para cada ano que passa. A taxa de gestação cai 2% a cada mês adicional, quando a infertilidade do casal persiste após três anos e meio.
Por ser a infertilidade um assunto muito pessoal e particular, muitos casais não compartilham esta experiência abertamente com seus familiares e amigos. A infertilidade pode ser uma experiência devastadora, podendo alterar todos os aspectos da vida de uma pessoa. A autoestima, os sonhos para o futuro e as relações com outras pessoas podem ser afetadas. Como resultado, muitos casais sofrem intensamente e sentem-se sós, quando na realidade não estão. O diagnóstico de infertilidade não significa a impossibilidade de ter filhos. Pode significar um desafio, que pode ser vencido mais facilmente com ajuda de um tratamento médico.
Os tratamentos atuais oferecem boas taxas de sucesso, e cerca de três em cada quatro mulheres engravidarão com a adequada orientação terapêutica. Contrário à crença popular, os serviços de Medicina Reprodutiva, mesmo os com “alta tecnologia”, nem sempre são caros. A maioria dos casais consegue engravidar mediante procedimentos médicos estabelecidos e não mais considerados experimentais. A produção de novos medicamentos, a microcirurgia e técnicas de reprodução assistida (TRA), fazem com que a gravidez seja possível para a maioria dos casais que buscam tratamento.