Publicado 25 de maio de 2012 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 01:07.
O momento vivido durante um tratamento de reprodução assistida é repleto de ansiedade, pois o casal está aguardando pela tão esperada notícia de que em nove meses terá um filho. Especialistas afirmam que essa ansiedade faz parte da rotina de tratamentos de reprodução, mas que a situação muda de figura quando o desejo de concretizar esse sonho vira uma obsessão na vida do homem e da mulher.
Com o tempo, essa rotina provoca um desgaste no relacionamento e a ideia de casal deixa de existir para dar vida a uma vontade recíproca de ter um bebê. A vida do casal pode passar a ficar mecânica. O ato sexual, que antes era uma troca de prazer e carinho, se torna essencialmente um meio para engravidar, explica a psicóloga Rose Massaro Melamed, da clínica de reprodução assistida Fertility, de São Paulo . A relação de companheirismo do casal é essencial para que ambos continuem vivendo normalmente, completa.
Para Rose , a primeira consulta com o especialista em reprodução humana tem que ser esclarecedora. O casal deve sair dela ciente de que a medicina oferece tratamentos que podem solucionar o problema de fertilidade. Mas é importante ter claro que a mulher pode não engravidar na primeira tentativa e que nenhuma técnica garante 100% de taxa de gestação.
Estando conscientes dos ganhos e riscos, é provável que eles lidem melhor com uma possível frustração.
Não são todos os casais que vão viver em função de ter um bebê. Alguns passam pelo tratamento apenas com a ansiedade natural pelo resultado, mas nada que prejudique a vida pessoal ou profissional. Mas, nos casos em que esse desejo toma conta de todo o resto, o acompanhamento psicológico pode fazer toda a diferença.
De acordo com a psicóloga, no consultório o casal encontra o apoio de uma pessoa externa à relação e que está apta e disposta a ouvir sobre o problema que tanto o angustia. E, além disso, a sala do especialista serve como um local de reflexão interna. Cada paciente poderá se escutar e se enxergar. Ter uma visão da pessoa em que se transformou por conta da ansiedade.
Contar com os amigos é bom em todas as fases da vida, sejam as boas ou as ruins. Para a especialista, se o casal sentir-se à vontade em se abrir com outras pessoas essa relação pode ser positiva. Ele poderá contar com a atenção e preocupação de alguém que não tem nada a ver com o problema. A psicóloga salienta a importância de escolher bem a quem contar. Às vezes, a mulher conta para uma amiga que responde com uma frase pouco estimulante, como: ‘com tanta criança no mundo para adotar, vocês estão gastando dinheiro com isso?!’, exemplifica. Temos de concordar que não é a melhor frase de escutar quando se está passando por um momento como este, completa.