Naturalmente, os espermatozoides são continuamente produzidos nos testículos (túbulos seminíferos), chegam até o epidídimo onde são temporariamente armazenados. Do epidídimo passam pelos ductos deferentes e são liberados pelo pênis no momento da ejaculação. Através da vasectomia, o fluxo é obstruído. O cirurgião corta e amarra os ductos deferentes. Vale a pena ressaltar que não existe comprometimento da função dos testículos, epidídimos e do pênis. A espermatogênese (produção de espermatozoides) continua mesmo após o procedimento.
A reversão da vasectomia é um procedimento cirúrgico que restaura o fluxo de espermatozoides, através dos ductos deferentes, e é realizado pela mesma incisão da vasectomia com auxílio de um microscópio (aumento em torno de 40x), por um profissional (urologista) habilitado a fazer microcirurgia. O paciente poderá ter alta no mesmo dia, com posterior repouso de 4 dias.
Existem dois tipos de cirurgias para a reversão da vasectomia: a vasovasostomia e a vasoepididimostomia. A vasovasostomia é a operação mais frequente, permitindo a reanastomose (ligação) dos ductos através de suturas com fios mais finos que os fios de cabelo. É a cirurgia de escolha, no entanto, se ocorrer uma obstrução secundária no epidídimo o fluxo não se restabelece e a vasoepididimostomia deve ser realizada para ultrapassar esta barreira, onde é realizada a conexão do deferente diretamente no epidídimo.
Quanto menor o intervalo entre a vasectomia e a sua reversão, melhores serão os seus resultados para conseguir a gravidez desejada.
- Vasectomia realizada há 3 anos: 97% sucesso;
- Vasectomia realizada de 3 a 8 anos: 88% sucesso;
- Vasectomia realizada de 9 a 14 anos: 79% sucesso;
- Vasectomia realizada há mais de 15 anos: 71% sucesso.