FIV – Fertilização In Vitro


A fertilização in vitro clássica é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade, uma vez que necessita de um maior acompanhamento médico, utilização de medicamentos para estimulação ovariana e estrutura laboratorial para promover o encontro do óvulo com o espermatozoide fora do corpo da mulher.

Para isso, a mulher é submetida à estimulação ovariana, que consiste na utilização de hormônios (gonadotrofinas) que promoverão o recrutamento e amadurecimento de um maior número de óvulos em comparação ao que aconteceria em um ciclo menstrual natural. A paciente tem acompanhamento médico regular enquanto recebe as medicações, através de ultrassonografias transvaginais e dosagens hormonais no sangue, a fim de controlar os efeitos dessa estimulação e definir o melhor dia para a coleta dos óvulos.

A captação dos óvulos é realizada por punção dos ovários com agulha acoplada ao ultrassom transvaginal, estando a paciente sob leve sedação. Na punção ocorre a aspiração do líquido folicular onde se encontram os óvulos, que são imediatamente encaminhados ao laboratório de embriologia, anexo à sala de coleta, onde são classificados e ambientados em um meio de cultivo especial, sob condições laboratoriais controladas. Depois de 2 a 4 horas de ambientação no laboratório, os óvulos estarão prontos para a fertilização. 

No mesmo dia da punção ovariana da mulher, os espermatozoides de seu parceiro são coletados por masturbação em ambiente apropriado. O sêmen obtido é processado no laboratório para que sejam selecionados os melhores espermatozoides em termos de motilidade e morfologia. Destes são selecionados cerca de 50 a 100 mil espermatozoides móveis para cada óvulo coletado, que são colocados em contato para que aconteça a fertilização no laboratório. 

No dia seguinte é feita a confirmação do número de óvulos que foram fertilizados. A partir desse momento inicia-se o desenvolvimento do embrião no laboratório, em condição ótima e controlada. A transferência desses embriões para a cavidade uterina é realizada entre 3 a 5 dias após a coleta dos óvulos, através de um fino cateter, sem necessidade de sedação. Cerca de 10 a 12 dias após a transferência embrionária, a dosagem de beta-hCG no sangue na mulher é realizada para confirmação da gravidez. 

O número de embriões que serão transferidos para cada mulher depende da qualidade dos embriões formados, da idade da mulher e do desejo do casal, que é combinado previamente com o médico. Caso haja um excesso de embriões, eles podem ser criopreservados e transferidos futuramente em um novo ciclo menstrual natural ou induzido por medicamentos. A paciente deve estar ciente que a transferência de mais de um embrião aumenta a chance de gravidez, mas também a chance de gestação múltipla. 

Essa técnica é indicada para casais sem causa aparente de infertilidade, para pacientes que apresentem alterações da ovulação, obstrução tubária, alterações cervicais, endometriose ou idade avançada. O homem pode apresentar fator masculino leve, devendo ter uma quantidade de bons espermatozoides adequada após o processamento seminal. 

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