Congelamento do sêmen é opção para possível paternidade após o câncer

Publicado 29 de novembro de 2018 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 00:30.

O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas.
No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Entre as principais consequências dessa doença está a infertilidade masculina. São poucos os oncologistas que alertam os pacientes sobre a possibilidade de ficar estéril, temporariamente ou em definitivo, em função do tipo de câncer e dos tratamentos, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Uma pesquisa feito pelo Fertility Medical Group, com 98 homens, mostra que os pacientes que escolhem congelar o sêmen para preservar a capacidade de reprodução têm, em média, 33 anos. E o tratamento contra o câncer é o principal motivo que os leva a utilizar a técnica.
“O tumor é um tecido que se divide rapidamente. Os tratamentos das neoplasias, como radioterapia e quimioterapia, atingem não apenas estas células, mas todas as outras, inclusive as reprodutoras”, explica Dr. Edson Borges Jr., especialista em reprodução Humana e diretor científico do Fertility Medical Group.
Como é o congelamento do Sêmen?
A preservação da possibilidade de ter filhos por reprodução assistida no sexo masculino é bem mais fácil do que na mulher. Após a puberdade, consiste apenas na masturbação (método não-invasivo), de preferência em várias amostras, e criopreservação (congelamento) do sêmen, antes do início do tratamento contra o câncer. Se, por alguma razão, o homem não conseguir ejacular, os espermatozoides podem também ser retirados diretamente dos testículos, com uma simples agulha ou uma pequena cirurgia. No caso de crianças, que ainda não ejaculam, a única forma é o congelamento de fragmentos dos testículos.
O sêmen é congelado a -196 oC e armazenado por tempo indeterminado. Além disso, é recomendado que se espere de seis a doze meses para a sua utilização, pois nesse período a fertilidade pode voltar ao normal.
Depois disso, quando o casal decidir ter filhos, será feita uma inseminação artificial na mulher, ou mesmo a Fertilização in Vitro, se necessário.

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