Apoio psicológico ajuda casais em tratamento de fertilização a lidarem com as tensões

Publicado 12 de março de 2012 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 01:08.

A procura por técnicas de fertilização assistida tem aumentado nos últimos anos. Em parte, porque a dedicação ao trabalho nos primeiros anos da fase adulta leva os casais a pensarem em ter filhos depois dos 30 ou até 40 anos de idade, quando a fertilidade já está mais reduzida. Ao optar por um tratamento de fertilização, é preciso estar preparado para lidar com a expectativa e com a pressão para evitar o desgaste emocional. O acompanhamento psicológico leva a uma análise mais profunda dos sentimentos e atitudes. É indispensável ver a pessoa em sua totalidade clínica, física, social, emocional e espiritual para prover o suporte adequado, que certamente contribuirá muito para o sucesso do tratamento – diz o médico Assumpto Iaconelli, especialista em reprodução humana.
De acordo com Iaconelli, o casal que opta por fertilização assistida experimenta momentos de tensão que envolvem o amplo entendimento do caso, o conhecimento das opções disponíveis e a realização dos exames. A ansiedade está sempre presente na vida do casal. Ao contrário da gestação normal, em que pai e mãe apenas estão juntos durante a realização do ultrassom, o casal em fertilização assistida vivencia cada uma das fases intensamente. O fracasso no tratamento ou a não implantação do embrião parecem denunciar uma alta dose de estresse – comenta.
O médico chama atenção para a complexidade das emoções durante o processo de reprodução humana assistida. O apoio de um psicólogo também será bastante útil para resolver problemas referentes à sexualidade. O contato sexual, seja por medo de prejudicar o tratamento, seja porque nessa fase tudo o que se pensa é no bebê, pode se converter numa experiência dolorosa e, às vezes, acaba desencadeando um comportamento hostil ou agressivo por parte dos cônjuges – diz Iaconelli .

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