Embriões Transferidos em Estágio de Blastocisto

Publicado 17 de maio de 2014 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 00:55.

Nos últimos anos, a reprodução humana assistida avançou significantemente na prática de obtenção e cultivo de embriões in vitro. Isto se deu pela introdução de melhores meios de cultura, incubadoras, melhoria técnica dos profissionais e aprimoramento das técnicas de criopreservação e descongelamento.

Esse progresso possibilitou o cultivo dos embriões gerados em laboratório até o estágio de blastocisto, alcançado no quinto dia após a fertilização dos óvulos. Antes a transferência embrionária era programada para o terceiro dia, quando o embrião é formado por 8 células, um blastocisto possui mais de 100 células.

A vantagem de manter os embriões em cultivo até este estágio são as evidências de melhora nas taxas de implantação e das taxas de gravidez; os embriões que chegam a blastocisto são considerados bons, ou seja, é um critério de seleção a mais. Além disso, o quinto dia após a fertilização é mais próximo da janela de implantação fisiológica.

Outra melhoria importante para que pudéssemos transferir blastocistos rotineiramente foi a possibilidade de congelamento e descongelamento seguro; com a vitrificação, as perdas são mínimas. Dominamos esta técnica para garantir os melhores resultados às nossas pacientes, se houver blastocistos excedentes, os congelamos com segurança.

Em nossa clínica os resultados deram um salto após introduzirmos na rotina, quando possível, a transferência de blastocistos, veja no gráfico abaixo:

Fertility

Resultados parciais de ciclos de ICSI (Jan – Abr 2011)

Nº de ciclos realizados 258
Idade média (anos) 32,5
Taxa de blastocistos obtidos / bons embriões em dia +3 89%
Taxa de gestação / ciclo transferido 61%
Taxa de implantação 45%

Os resultados na Tabela acima expressam as taxas de sucesso obtidas no mês de Janeiro-Abril/2011 para pacientes de idade menor ou igual a 38 anos que estavam realizando o 1º ou 2º ciclo de ICSI. Além do significativo incremento na taxa de gestação (61% vs 48%-2010) e na taxa de implantação (48% vs 33%-2010), devemos destacar que a taxa de embriões que atingiram o estágio de blastocisto, quando submetidos a cultivo prolongado, alcançou níveis elevados (89%). Vale a pena ressaltar que, segundo a Sociedade Europeia de Reprodução Assistida, taxas maiores que 50% para embriões que atingem o estágio de blastocisto refletem um ótimo padrão laboratorial de controle de qualidade.

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