Publicado 6 de abril de 2012 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 01:08.
Considerada uma intervenção de baixa complexidade, a inseminação intrauterina, mais conhecida como inseminação artificial, é mais uma das técnicas de reprodução assistida que as clínicas especializadas oferecem. De acordo com Edson Borges, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e diretor da clínica Fertility , de São Paulo, o tratamento é indicado para alguns casos particulares, como o de mulheres que têm alguma alteração hormonal que influência a qualidade dos óvulos.
Nesses casos específicos, a inseminação artificial pode ser a primeira alternativa sugerida pelo médico. Mas, se na terceira tentativa o casal não obtiver resultados, o ideal é partir para outra técnica. Se a gravidez não acontecer depois de três inseminações artificiais, recomendamos que o casal passe para a fertilização in vitro. Normalmente, não adianta fazer mais do que três vezes, porque 95% das mulheres que vão engravidar com a técnica obtêm sucesso em uma dessas três primeiras vezes, explica o médico.
Para iniciar o tratamento de fertilização via inseminação artificial intrauterina, a paciente será submetida a uma medicação que vai estimular a produção ovariana. Assim como na fertilização in vitro (FIV), a mulher terá que fazer visitas periódicas a clinica para a ultrassonografia transvaginal. É por meio desse exame que o médico vai diagnosticar se está na hora de inserir os espermatozoides no útero da paciente.
A inseminação é muito simples, como se fosse um exame de Papanicolau. A mulher vai até a clínica e, por meio de um cateter bem fininho, recebe os espermatozoides que são injetados diretamente no útero. Depois da aplicação, ela fica em repouso por cerca de 30 minutos e está liberada para sua rotina normal, conta Borges.
Passados cerca de 12 dias, o casal retorna à clínica para fazer o exame de sangue para saber se o procedimento deu certo. Caso o teste de gravidez seja positivo, duas semanas depois nós fazemos uma ultrassonografia para, mais uma vez, confirmar a gestação. A paciente, então, é encaminhada para o seu obstetra. É importante lembrar que a concepção feita em laboratório não gera uma gravidez diferente da que foi fecundada de forma natural, esclarece.
