É possível preservar a fertilidade com diagnóstico de câncer de mama?

Publicado 1 de outubro de 2019 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 00:15.

O Brasil todos os anos se colore de rosa para conscientizar sobre o importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado do câncer de mama.  Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para 2019, foram estimados 59.700 casos novos. Além de enfrentar o diagnóstico, muitas pacientes precisam encarar de perto a infertilidade, após o tratamento.

“Sem dúvida, a qualidade de vida dessas mulheres é o foco principal, mas precisamos alertá-las de maneira eficaz sobre as principais técnicas de preservação de sua fertilidade ou das possibilidades de se tornarem mães biológicas no futuro”, explica Dr. Edson Borges Jr., diretor científico do Fertility Medical Group.
A medicina reprodutiva abriu um leque e dá esperança para aquelas que sonham com a maternidade. “A criopreservação de óvulos é um método seguro e eficaz, mas que precisa ser realizado antes das terapias gonadotóxicas, essas que comprometem os ovários e e destroem os óvulos”, sinaliza Dr. Assumpto Iaconelli Jr., também diretor clínico do Fertility Medical Group.
Os dois especialistas em reprodução humana, creditados pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida ( SBRA), são unanimes em afirmar que 89,5% que as pacientes oncológicas se sentem seguras com a técnica do congelamento.  Mas vale ressaltar que a estimulação ovariana convencional acaba sendo uma alternativa apropriada apenas para mulheres que não apresentam tumores sensíveis a hormônios e quando o tratamento de câncer não é imediatamente iniciado após o diagnóstico. Para estes casos, outras estratégias incluem regimes de estímulo ovariano modificados, muito mais rápidos, durando apenas 10 a 12 dias. Mesmo assim, o congelamento de embriões acaba sendo um método disponível apenas para pacientes que tenham parceiro do sexo masculino ou a intenção de utilizar sêmen de doador.
Segundo Borges, os avanços nessa área têm permitido o desenvolvimento de diversas técnicas de preservação da fertilidade, trazendo a possibilidade de maternidade para essas pacientes.
“O importante é que, independentemente da gravidade da situação, as pacientes de câncer devem ser alertadas a respeito da possível perda da fertilidade e, principalmente, das opções para essa seja mantida”, finaliza Iaconelli.


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