Publicado 20 de abril de 2012 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 01:08.
Entre os muitos fatores que consideremos quando pensamos em ter filhos está o momento certo para isso, e como nosso período fértil é delimitado, precisamos colocar na equação também nosso relógio biológico. Além disso, alguns obstáculos no meio do caminho podem dificultar as chances de engravidar, como no caso de um tratamento com radio ou quimioterapia – de acordo com o Dr. Paulo Gallo, diretor médico do Vida – Centro de Fertilidade da Rede D’Or, existe 50% de chance menopausa precoce em mulheres que passam por esse tipo de tratamento. Mas existem providências que podemos tomar para que não precisemos nos preocupar agora com a fertilidade: a criopreservação de gametas.
Criopreservação de gametas é nome oficial dado ao congelamento de óvulos e sêmen. E para saber como funciona o procedimento, conversamos com especialistas em reprodução humana. Dr. Edward Carrilho, ginecologista da Clínica Engravida, explica que, como acontece na fertilização in vitro, primeiramente é feita a indução da ovulação. Durante dez dias, a paciente toma o hormônio folículo estimulante FSH para que mais óvulos amadureçam, uma paciente jovem produz de 10 a 15, e esse número tende a diminuir coma idade, mas varia muito de pessoa para pessoa. Os óvulos são então coletados e congelados no líquido criopreservante. Não é preciso se preocupar com um prazo de validade do material, garantem o Dr. Assumpto Iaconelli Junior, diretor da Clínica Fertility , e o Dr. Gallo. As chances de engravidar utilizando óvulos que foram congelados são as mesmas de quando os óvulos estão frescos.
O procedimento não é barato: entre R$ 7.000,00 e R$ 9.000,00, mais uma taxa semestral de R$ 600,00 para cobrir a manutenção do congelamento. Mas é preciso lembrar que a coleta dos óvulos é feita com anestesia e a punção é guiada por ultrassom. Além disso, existe ainda a conta dos remédios para induzir a ovulação, o que sai em torno de R$ 6.000,00.
Quando falamos em perpetuar a espécie, não podemos esquecer que nossos óvulos precisam de espermatozoides. E o processo de criopreservação para os homens é um pouco diferente do nosso. Interessada em saber como funciona o procedimento com eles? O AreaH escreveu sobre o tema, clique aqui para ler.
Se você ainda não se decidiu em relação à paternidade pode optar por congelar seu sêmen. Ao contrário das mulheres, os homens não precisam se preocupar com o relógio biológico quando pensam em perpetuar a espécie. Mas, às vezes, pode ser preciso tomar providências para não perder a chance da paternidade, como no caso de uma vasectomia ou quando se passa por tratamento de radio ou quimioterapia, que pode levar à infertilidade. Nessas situações, é indicado que o homem congele seu sêmen para que tenha a possibilidade de ter filhos no futuro. Conversamos com especialistas em medicina reprodutiva para saber como funciona e quanto você gasta na criopreservação de gametas, nome oficial do procedimento.
A coleta do sêmen a ser congelado é feita de maneira bem simples, nada que você não tenha feito antes: masturbação. Depois disso, o material passa por um processo onde se separam alguns componentes presentes no sêmen que podem prejudicar a preservação dos espermatozoides, explica o Dr. Edward Carrilho, ginecologista especializado em reprodução humana, da Clínica Engravida.
No passo seguinte, o material é misturado com o líquido criopreservante e deixado no vapor líquido, onde fica até que você decida usar os seus garotos. O Dr. Assumpto Iaconelli Junior, diretor da Clínica Fertility , garante que não é preciso se preocupar com qualidade do sêmen mesmo depois de anos de congelamento, pois não existe um prazo de validade.
Existem casos de sêmen sendo utilizado 9 anos depois do congelamento e que manteve suas características. E também não existe nenhuma legislação que impõe um tempo máximo em que os gametas possam ser congelados, com no caso de embriões, cujo limite é de três anos.
