Infertilidade pode interferir na vida sexual do casal?

Publicado 9 de setembro de 2012 por Equipe Fertility Medical Group. Atualizado 01:06.

De acordo com Sheryl Kingsberg, chefe da divisão de medicina comportamental do MacDonald Women’s Hospital, a ideia de ‘sexo com hora marcada’ certamente pode impactar a vida do casal e comprometer a espontaneidade e o prazer. Na circunstância em que é necessário ter uma relação sexual ‘sob encomenda’, é comum o homem não conseguir uma ereção ou ainda ejacular precocemente.
Por parte da mulher, que na hora do sexo está concentrada em seu objetivo de ser mãe, também pode haver manifestações de tensão, retração e dor. A norte-americana enfatiza que, uma vez que o casal atravessa a porta de uma clínica de reprodução assistida, deve deixar a questão da procriação para os especialistas e cuidar mais da sexualidade, encontrando prazer ao mesmo tempo em que consegue se livrar minimamente da pressão.
Os casais precisam se preparar para fazer amor inclusive nos períodos não-férteis, para se lembrar de que o sexo diz respeito a muito mais do que apenas concepção. É preciso reforçar essa intimidade e cumplicidade, sem permitir que a ansiedade do tratamento coloque em risco valores preciosos ao casal. De acordo com Edson Borges, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor do Fertility – Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo , a vida sexual do casal é um dos pontos abordados logo nas primeiras consultas, permitindo aos indivíduos se expressarem livremente.
A infertilidade pode repercutir em vários aspectos da vida do casal e a sexualidade é um deles. Portanto, buscamos compreender a dinâmica de cada casal: número de relações sexuais por semana, presença de dor ou de algum outro problema durante a relação, se consideram a vida sexual e conjugal satisfatória e prazerosa, entre outros pontos importantes.

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